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Archive for setembro \12\+00:00 2010

Vida!

Um ano

Que signica o tempo diante da infinitude do desconhecido?

Achados

Perdas

Projetos

Distância

Ausência

Paixões

Amores

Delírios

Morte…

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Salvador é uma cidade solar, mas há pessoas nela que criaram e criam lugares para teimar em adentrar pela noite e madrugada. Insistindo firmemente em explorar os desconhecidos ou bem conhecidos terrenos noturnos. Até que o primeiro raio de luz matinal venha expulsá-los, as vezes não para cama, não para o sono dos justos boêmios, mas para alguma praia.

Corre em meio às rodas de confrarias entre Cidades Baixa e Alta, da Riberia ao Rio Vermelho, que na noite seguinte a vadiagem feliz, ocorre disputa dos atuais sóbrios, antes ébrios, para saber quem conquistou o primeiro raio solar. Intocável troféu de uma noite suja, embreagada e gozada até a exaustão.

Algumas poucas pessoas em todas cidades do mundo, sempre procuram lugares para se encontrar, outras os criam, parece que para celebrar com outras gentes, como os bárbaros nas noites e madrugadas em ritos nas florestas, comendo, bebendo, trepando, dançando, tocando músicas, declamando poemas, contando estórias de conquistas e sexo.

Heróis boêmios das mais puras linhagens do cosmos, caminham, bebem, fumam, fodem em busca de felicidade e gozo, como afirmação de vida e de justiça, quase sempre ao lado da poesia, e se envolvendo dioturnamente, atraindo e sendo atraídos, pelos canticos das belas Janainas e Iaras, que se alevantam nas noites quentes, de mar bravio e rio turbulento, em busca dos afoitos, e carentes também, sejam pescadores, marinheiros, boemios, viajantes, que incautos descem ao reino das toneladas oceânicas em busca do amor, até sua morte. No resfolegar final, através da brisa leve e de refresco carinhoso do corpo, o eco fantasmagórico dos jás sepultados apaixonados e paixões, sussuram um último suspiro do desgraçado apaixonado que se apaixonou na madrugada ébria.

Sim, nas noites vermelhas, em meio as tripas dos viveres abatidos para o prazer do paladar, e levadas pelo Rio Vermelho e caudaloso, que rasga a Mariquita, com seu cheiro pútidro, atravessando os corpos em meio ao asfalto feio e frio banhando por luzes amareladas, por ali passeiam sim os cambaleantes guerreiros voluptuosos em cortejo.

Bons devassos. Vagam a procura de mais prazer em meio as pernas de uma filha de Mãe d’água e/ou de uma súdita da Rainha do Mar. Manifestamo-nos assim na caminhada, nós, rotos heróis resistentes, a afirmação através do viver, contra um mundo que teima em negar a vida e nos amendrontar com sua torpe moral sínica.  Em suma, a boemia é nossa arma, nunca nossa rendição.

Erguidos afirmamos na paixão, com amores, com delírios, com tesão, embreagados com os néctares mundanos produzidos das águas unívocas extraídas do Cocorobó transbordante e alimentado no aqueduto das águas vindas das Cordilheiras Andinas e do Raso da Catarina: aqui estmamos nós, nossa luta, viva a vida, viva ao homem, viva a felicidade e a alegria, a beleza, o amor. Vivaaaaaa….

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